Disruptivo, segundo o dicionário de Oxford, significa: “Novo e original, de uma forma que causa grandes mudanças em como algo é feito”.
Já dicionário de Cambridge vai além, ao trazer uma definição própria para o mundo dos negócios: “O que muda a forma tradicional de operação de uma indústria, especialmente de uma forma nova e eficaz”.
É com esse sentido que a maioria das empresas veem as lideranças disruptivas.
Elas rompem com protocolos, fogem da normalidade, ao buscar sempre uma maneira nova – e melhor – de entregar soluções.
Este artigo vai se debruçar melhor sobre este termo, que se popularizou principalmente durante a pandemia da covid-19, quando as lideranças foram desafiadas a mudar completamente a maneira de gerenciar suas equipes e monitorar os processos de forma remota.
Um líder disruptivo é aquele que não está preocupado apenas em seguir 100% das regras e normas já vigentes em sua empresa, em reproduzir os processos que foram implementados há anos. Ele quer inovar.
A ideia da liderança disruptiva é ser capaz de provocar mudanças que melhorem ou agilizem processos nos negócios. Para isso, não tem medo de cometer erros.
O termo “disruptivo” já vinha sendo usado há alguns anos, com esse sentido de inovador e criativo, quando falávamos das tecnologias disruptivas.
Ganhou mais importância entre as lideranças, no mundo corporativo, durante a pandemia da covid-19, quando os gestores tiveram que se adaptar rapidamente a uma nova forma de comandar equipes e processos.
Mas, ainda antes disso, pensadores (disruptivos), como o expert em mídias digitais Jay Samit, já vinham com essa visão. Em 2019, ele lançou o livro “Seja Disruptivo!”, que já transmitia as experiências de pessoas como Steve Jobs e Elon Musk.
Em um evento sobre disrupção e empreendedorismo, naquele mesmo ano, ele defendeu que “a disrupção vem da exploração de ideias fora da zona de conforto”.
“Só não é disruptível quem tem medo de falhar. Não há nada de errado em falhar. Falhe quantas vezes for necessário, o que não pode é desistir”, disse ele, na ocasião.
O tópico anterior já apontou uma das características da liderança disruptiva: ele ou ela não deve ter medo de errar.
Estas são outras características comuns ao líder disruptivo:
Em 2020, pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) divulgaram o estudo “The New Leadership Playbook for the Digital Age: Reimagining What It Takes to Lead”, em que afirmaram, logo na introdução, que os executivos de todo o mundo estão por fora do que será necessário para vencer e liderar na economia digital.
“Digitalização, novos concorrentes, a necessidade de velocidade e agilidade e uma força de trabalho cada vez mais diversificada e exigente demandam mais dos líderes do que a maioria pode oferecer”, disse o estudo.
E eles não chegaram a essa conclusão do nada. Depois de entrevistarem 4.394 líderes globais de mais de 120 países, ouviram deles que, embora 82% acreditem que os novos líderes deverão ser digitalmente experientes, menos de 10% disseram ter em suas organizações “líderes com habilidades certas para prosperar na economia digital”.
Ou seja, há apenas três anos, quando a pandemia estava só começando, mais de 90% dos líderes globais disseram que suas organizações não estavam preparadas para lidar com as mudanças tecnológicas e digitais da economia “do futuro”, por falta de lideranças com habilidades necessárias para isso.
Mas o futuro já chegou. E esse estudo indica que há ainda muito espaço para lideranças disruptivas que saibam agregar todas aquelas características listadas no tópico anterior para navegar no mercado global atual, que demanda:
Quer saber mais maneiras de se preparar para ser um líder disruptivo? Leia o artigo “Como se preparar para cargos de gestão em empresas de atuação global”.